segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Essa dor...

Hoje está sendo difícil, uma sombra está pairando sobre mim. Lembranças e saudades incovenientes resolveram se apoderar do meu tempo. Conseqüência: perdi o ânimo de tudo, de comer, de andar, escrever, estudar. Só queria meu quarto escuro e boa música para chorar. Parece estranho e talvez realmente o seja, mas estou me sentindo num vazio sem fim, sem saída e sozinha. Pensando percebi que minha tristeza não tem nome, apenas fragmentos de momentos importantes que agora me perturbam.

Faz tempo que não sinto essa vontade de simplesmente desaparecer. É uma dor tão grande que nem sei de onde vem e parecia que tudo estava tão bem, eu estava escrevendo, mas não sei se foi a música que tocou de uma forma diferente ou se foi o que enxerguei ao ler a tradução dela, só sei que me vi de repente sem conseguir comer, sem forças, melancólica, chorosa, me vi sentada sozinha com meus pensamentos, olhando o vazio e chorando.

O desejo incontrolável de ficar sozinha, de me esconder e a crença de que veria o Sie tumultuando ainda mais meus pensamentos. Algo aconteceu por causa desse meu desejo de escrever de dar continuidade aquilo que tanto amo e que por algum motivo de alguma forma é responsável pelo que estou sentindo.

Desejei tanto o ver e não o vi como havia previsto. Meu corpo está padecendo e não tenho a menor idéia do que fazer para mudar isso. Eu só estou cansada, muito cansada. Comecei também a pensar nas coincidências de datas dos fatos mais marcantes da minha vida aconteceram entre os dias 20/10 e 10/11 e só hoje me dei conta que um já tem 9 anos e outro 2. É muito esquisito sentir todo esse mal estar e nem saber de onde veio.

Percebi também que os dois foram os que mais me marcaram e são meus dois melhores amigos, ou seja, duas pessoas que me conhecem como ninguém. Recordo que já fiz comparativos antes. Acho que na verdade o problema é que conheço o Sie a 11 anos, tivemos uma história e acho que meu livro me fez sentir saudades.

Minha dor estava estampada na minha face, mas não sabia como explicar. E eu fico pensando como suportei ficar tantas vezes assim ao longo da minha adolescência. Minha dor não tinha rosto, nome ou forma... era saudade demais e vontade de viver isso outra vez... mas passou...

O buraco no peito

Há tempos que não escrevo, assim como há tempos não sentia o que senti: o buraco no meu peito abrindo! Enquanto escrevo e me recordo da dor ...