domingo, 15 de janeiro de 2012

Ano Novo - Parte Final

Enfim, chega ao final a saga da minha retrospectiva de 2011 e acredito ter deixado o mais marcante para o final, aquilo que tornou este ano um alento e ao mesmo tempo um desafio a ser vencido todos os dias. Particularmente este não foi um ano dedicado ao basquete, como vinha sendo os dois anteriores e confesso isso foi algo que me incomodou muito, alías continua incomodando, mas diria que tenho travado uma batalha interna diária para reverter essa história.

Depois de vencer a batalha da recuperação da minha avó o negócio foi fazer as malas e explorar novos horizontes. Minha pós graduação já estava chegando ao fim e aquele certeza de ter um final de semana só meu estava acabando, era preciso encontrar algo novo para devolver ao meu coração a sensação de liberdade, paz e principalmente o desejo de voltar para casa.

Os destinos não tiveram nada de extravagante, porém foram incríveis. Três bem conhecidos: Curitiba, Enseada e Jaraguá do Sul. Enseada foi o destino de momentos de descanso em pelo menos duas oportunidades antes que o ano terminasse, uma forma de aproveitar a energia maravilhosa do mar, a paz e o calor, para recarregar as energias de algo que ainda estaria por vir. Jaraguá foi apenas a parada antes do destino final: Pomerode, aonde eu prestaria um concurso. E Curitiba, finalmente aproveite a cidade com seus encantos, passando um final de semana para passear realmente, foi maravilhoso, com direito a passeio de trem e tudo.

Pomerode como citei pude aproveitar um pouquinho e me encantar com a tranquilidade que senti. Mas em minha lista a um destino muito especial: Praia dos Ingleses em Florianópolis. Havia comprado em compra coletiva duas diárias numa pousada alguns meses antes e estava chegando a hora de usar, pois logo venceria o prazo. Acabou que encaixei uma folga e fui durante a semana, logo após o feriado de 15 de novembro, alias, fui no feriado e tomei uma chuva terrível, assustadora. Porém no dia seguinte um sol lindo nos recepcionou e foi uma viagem fantástica e muito proveitosa que deixou o gostinho de quero mais, está na lista de retornos em 2012.

Finalizei o ano subindo a serra. Rápida parada em São Bento do Sul para um delicioso café colonial. Não visitava a cidade desde um aniversário meu, que já nem lembro exatamente qual foi, mas sensação de olhar e sentir que tudo continuava do jeitinho que eu lembrava trouxe a tona a saudade, sempre adorei essa cidade, afinal ela tem muito a ver com o início da minha carreira profissional também. O ponto final foi Rio Negrinho que conhecia apenas de passagem. Foi uma ótima forma de entrar no clima do Natal, visitando o Natal Encantado da cidade que é simplesmente incrível.

Lógico que não posso esquecer da mais marcantes de todas: Show do Aerosmith em SP. Foi uma loucura, cansaço, muito tempo de pé, chuva, mas 2 horas maravilhosas de muita música pagaram tudo isso, em especial quando ele cantou "I don´t wanna miss a thing" chorei do início ao fim. Valeu pela experiência e pelas pessoas sensacionais que conheci.

Todas as idas e vindas e destinos diversos, com suas comodidades, dificuldades, mordomias foram uma forma de compensar todo o esforço de fazer as coisas darem certo nos últimos anos, buscando sempre priorizar os outros e não a mim mesma e o meu bem estar, meu lazer. De quebra proporcionei tudo isso também para a minha mãe. Ofereço tudo que é necessário, porém também algo que levaremos conosco sempre até quando nos formos, pois o que fica realmente são as experiências, o material acaba, fica, mas as lembranças nos formam.

A parte do desafio que rondou a minha vida foi passar mais um ano longe de pessoas que sempre foram importantes em minha vida. Foi um ano em que pensei muito em pessoas que estão longe e que amei muito, grandes amigos. Alguns me fizeram sofrer, me magoaram, outros simplesmente partiram, mas de uma forma ou de outra ainda continuam vivos em mim, mesmo que algumas lembranças eu ainda precise esquecer pois continuam me fazendo mal. O que sei é que as ruins cada dia tornam-se mais fracas, deixando em mim apenas a marca das coisas boas que cada um me proporcionou e a falta que fazem é justamente por não poder reviver esses momentos com eles, mas aonde estiverem sempre estarei torcendo por cada um, mesmo que já não se lembrem mais de mim.

2011 foi um ano íncrivel, mas acredito que 2012 pode ser ainda melhor!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mudando um pouco de assunto...

Passei os últimos dias contando sobre o passado, porém um fato que aconteceu ontem me trouxe a necessidade de vir até aqui e desabafar. O ano mal começou, a semana mal tinha começado e no meio da manhã, depois de ter me despedido de minha mãe no centro, para voltar ao trabalho enquanto ela se dirigia a parada do ônibus para ir para casa, recebo uma ligação dela, ofegante, pedindo para eu não ficar nervosa porque ela tinha sido assaltada. Minha primeira reação foi não ter reação, apenas o coração acelerou e senti uma vontade imensa de chorar, depois de sair correndo para abraçar a minha mãe e aí fiquei racional.

Deixei que ela contasse como tinha acontecido e tentei reproduzir a cena na minha mente, mas não consegui visualizar, depois quis saber o que tinha na bolsa, para identificar quais medidas precisariam ser tomadas. Documentos pessoais, cartão do banco, talão de cheques, passagem de ônibus, chave de casa e celular, fora os receituários médicos que ela tinha acabado de apanhar na consulta que fora e o cartão do posto de saúde. Eu precisava pensar rápido e queria evitar de fazer minha mãe ir fazer o BO então pensei em tentar pelo meio eletrônico.

Bloquiei o cartão do banco, o chip do celular, busquei identificar o talonários que fora roubado. Todos a minha volta tentavam me ajudar, dando dicas do que eu precisaria fazer e numa dessas percebi que seria melhor que minha mãe fosse realmente fazer o BO. Liguei para casa e falei com meu irmão, pedi que ele a levasse lá que na saída do trabalho passaria em casa, pegaria o documento para concluir o bloqueio dos cheques.

Eu não prestei para mais nada depois disso, não conseguia me concentrar, só queria resolver logo tudo isso. E queria chorar, mas o choro não veio. No final do expediente corri para casa e antes de mais nada abracei minha mãe e mais uma vez tentei entender como tudo aconteceu, desta vez com sucesso. Apanhei o BO e comecei a saga. Banco, CDL, aproveitei e fui ao cartório e por final terminei no supermercado, uma barra de chocolate para cada era tudo que eu queria. O lado bom dessa correria foi encontrar uma amiga da faculdade que não via há muito tempo.

Quando cheguei em casa estava esgotada e mal humorada, tentando entender porque tinha que ter acontecido com a minha mãe, e logo tão perto de casa. Agora ela está amedrontada, assustada e não para de pensar em tudo isso e sinto muito raiva do ser que fez isso. Até mesmo eu que sempre fui muito desconfiada já desconfio até da minha sombra. Todo cuidado agora é pouco.

Minha noite de sono não foi das melhores, tive, alias ainda estou, com uma dor tensional que começa no pescoço, desce pelas costas e se espalha pelo ombro esquerdo. Todas as vezes que tentei mudar de posição na cama eu acordei e pela manhã não conseguia nem amarrar meu cabelo sozinha. Pensei que nem conseguiria ir a academia, mas foi até bom ter ido, ao menos descarreguei um pouco da energia negativa.

O desfecho de tudo isso, é que entre medo, raiva e preocupação, hoje pela manhã, quase chegando no terminal central me dei conta do sonho que tive, por segundos meu coração parou e lágrimas desceram por minha face, acho que pela primeira vez em tanto tempo vi seu rosto tão nítido e lembrar disso, nesse momento, me provocou uma angustia tão grande que foi como se algo dentro de mim estivesse dizendo que eu precisava dele e confesso eu queria mesmo precisar, por um minuto que fosse, se fosse para vê-lo hoje teria sido um bom dia.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Ano Novo - Parte 3

Foi só voltar ao trabalho que já perdi o pic da escrita, mas enfim, hoje deu uma vontade de movimentar os dedos, então pensei que seria oportuno continuar de onde parei ou ao menos tentar. Lembro de comentar meu retorno a Jaraguá do Sul, então vou tentar daqui.

Fazia cerca de duas semanas que eu estava indo para a academia, muito empolgada pelo resultado que isso fazia no meu lado emocional, me deixando mais disposta, controlada e motivada, já que eu ainda vivia aquela fase meio sombria. Foi então que numa tarde me deparei com um processo seletivo de uma faculdade. Fiquei curiosa e dei uma olhada no edital, para minha surpresa a seleção era justamente para a minha área de atuação. Fiquei muito empolgada e ao mesmo tempo insegura, porque o tempo era curto, mas pensei: "- Porque não tentar?". Com esse pensamento me esforcei e me inscrevi.

O processo da entrevista foi meio traumatico, achei realmente que não seria aprovada, pois me senti uma péssima profissional do ensino, sinceramente, mas acabou que tive a minha chance. No dia estava tão chateada, mas tive a oportunidade ao menos de visitar meus amigos na prefeitura de Jaraguá e isso foi um folego para tudo. Acabei voltando de carona com a menina que ficou no meu lugar e conversamos bastante, uma oportunidade de não pensar tanto nas lembranças que Jaraguá me trazia.

Durante o ano, indo e voltando todos os dias revivi em pensamentos muitas coisas das viagens na época da prefeitura, na época em que minha felicidade se resumia a uma certa pessoa e depois, que tudo desmorou e passei a encontrar forças no basquete, Jaraguá fez parte dos momentos mais marcantes da minha vida, marcas que carrego comigo na forma de agir, pensar e viver até hoje. Por esse motivo foi tão especial voltar a lecionar lá. É mais um capitulo importante de minha vida sendo escrito nessa cidade maravilhosa.

Um ponto que tem tanto cunho pessoal quanto profissional, mas gostaria de destacar aqui, para finalizar o post de hoje foi o fato de ter terminado mais uma pós graduação. Quando eu comecei não imaginei que fosse me apegar tanto as pessoas e ter uma visão tão diferente desse universo. Confesso que no último dia de aula, quando tive que me despedir chorei e depois chorei sozinha, porque as aulas da pós eram minha fuga e minha folga do mundo, aquele momento só meu, fazia bem para minha mente e era um momento que eu me dedicava ao basquete também. Das coisas do ano que passou com certeza será a que mais vou sentir saudades, por tudo que falei, mas principalmente pelas experiências e pelas pessoas, e mesmo que eu não atue nessa área não vou me arrepender de ter buscado esse conhecimento, o benefício foi além de uma possível carreira, tenho absoluta certeza disso.

Bom, fico por aqui, agora falta pouco para terminar minha retrospectiva.


domingo, 1 de janeiro de 2012

Ano Novo: parte 2

Bem, pensei muito em 2011 nesse meu primeiro dia do ano sem fazer absolutamente nada, em especial pelo fato de que passei as últimas horas do ano passado e as primeiras deste jogando um jogo de computador de deve ter mais de 10 anos que não jogava e constar que jogos realmente viciam. Fazia muito tempo que não brincava no computador realmente, salvo aqueles joguinhos do orkut e do face, mas esses joguinhos de antigamente era muito mais divertidos, estou com os braços doendo de tanto manobrar o carro nas pistas, mas feliz de ter encontrado uma verdadeira distração.

Voltando ao foco, quando olho para trás realmente posso dizer que 2011 foi um bom ano para mim. Tentei organizar as idéias do que falar a respeito, mas as memórias fogem e aparecem quando bem entendem então vou escrevendo e complementando e ver no que dá.

Muitas vezes fui deixando para depois o fato de registrar os acontecimentos e no final das contas as memórias se perderam e os registros nunca foram realizados e sinto falta disso hoje em dia, até porque sempre fui de ter agendas e as páginas em branco nela são memórias perdidas. Pior do que isso são as agendas com mais páginas em branco do que preenchidas, não significa que não aconteceu nada importante, mas sim que deixei de priorizar o que sempre foi importante para mim: escrever.

O ano mal tinha começado para mim, já que contador só folga depois que todas as obrigações estão cumpridas, eu finalmente ia tirar uns dias de folga e ir para praia, nossa fazia tanto tempo que não via ou sentia o mar que até agora me lembro da sensação de entrar na Av. Santa Catarina na Enseada vendo o mar de longe e os olhos enchendo de lágrimas. Tentava loucamente recuperar as memórias para identificar as coisas, mas o principal não havia mudado e me achei fácil, vendo novas e antigas sensações se misturarem. A questão é que aqueles dois dias maravilhosos foram destruidos com uma ligação e mais de 4 meses vivendo como enfermeira. Tudo bem, acidentes acontecem, mas aquilo foi como acabar o ano para mim.

Para quem não acompanhou essa minha fase, em abril minha avó caiu da escada, teve fraturas e ficou de cama por muito tempo e completamente dependente de nós horrível para ela, desastroso para nós, que viviamos cansadas, estressadas e sem tempo para fazer nada. Já tínhamos vivido essa experiência algumas vezes nos últimos anos, mas naquele momento foi trágico porque era minha folga, meu momento de cuidar de mim, meu momento de me dedicar ao basquete e tudo acabou ficando em segundo, terceiro plano. E eu tive muita raiva, muita revolta e infelizmente aquilo provocou uma ruptura no basquete que ainda estou lutando para restaurar.

Eu diria que esse foi o pior momento pessoal pelo qual eu passei, não apenas eu, mas também minha mãe. Emocional estava esgotada, vendo as coisas que eu gostava se empilhando pelos cantos e eu sem força ou vontade de arrumar, sem disposição de escrever, nem de pensar, precisava das forças que me restavam para trabalhar e dar contas das coisas de casa. Aquele momento me ensinou que tudo não passou de uma tempestade muito violenta, mas ela também acabou e foi então que transformamos 2011 em um grande ano.

Paralelo a isso, conquistas no lado profissional me ocupavam a mente, apesar de muitas vezes me deixarem fervendo de raiva e querendo jogar tudo para o alto. No meu ramo de atuação, não importa se você gosta do gestor ou não, importa que você está lá para orientá-lo e fazer tudo dentro da legalidade para que ninguém seja penalisado, em especial a população, que acaba pagando o preço quando o ente não está em dia com suas obrigações contábeis, como aconteceu em 2009 quando eu entrei na prefeitura.

Não vou dizer que é fácil lidar com política, diria que essa é a parte mais chata, mas infelizmente ela faz parte da máquina, o que sei é que graças a Deus, faço parte de uma equipe muito séria e que me deixa trabalhar com tranquilidade, que me permite opinar, participar e eu diria que esse ano eu fui bastante ativa. Prova disso e talvez um dos fatos mais relevantes foi a minha participação numa reunião no mais alto escalão, quando fui surpreendida pela chegada do "chefe maior" e na qual culminou a minha ida a Brasília. Os contratempos nos aerportos e a viagem de avião em si é que não foram muito divertidas, apesar de que ver o avião se aproximando de Joinville, sobrevoar o mar, ver todo o litoral paranaense do alto ter sido especial. O que compensou foi estar na capital do País e entrar na Secretaria do Tesouro Nacional, o lugar mais alto para quem atua na minha área, é lá que tudo aconteceu e que as normas que seguimos aqui são produzidas, foi único e marcante.

A outra coisa marcante em relação a carreira que eu gostaria de mencionar antes de encerrar por hoje foi o fato de ter voltado a lecionar. Sem dúvida foi a melhor coisa que fiz esse ano. Tive duas turmas maravilhosas, que me ensinaram muito e que foram muito pacientes comigo também. Foi uma prova de fogo levar para a sala de aula aquilo que eu vinha produzindo na prática e confesso não foi uma tarefa muito simples, aliás continuará não sendo, mas sinceramente, é tão gratificante, eu realmente estava sentindo falta desse ambiente, mesmo que para isso eu tivesse que duas vezes por semana entrar numa van e ir para Jaraguá do Sul, pois é, eis Jaraguá em minha vida outra vez, mas isso, é outra história, continuo amanhã.

Ano Novo

Então um novo ano chegou. Momento oportuno de olhar para trás e fazer um balanço de tudo que passou, agradecer. Reveillow sempre foi momento de celebração, família, pessoas queridas, comemorando a chegada de um novo ano, renovação, mas para mim apenas mais um dia... há tempos que essa data não chega a ser uma comemoração. Todo ano, minha avó, minha mãe e eu, estourando um espumante e olhando para o céu na sacada. A verdade é que a emoção desse dia se perdeu para mim por outros motivos.

Escolhi hoje, o primeiro dia do ano para fazer um balanço do que foi 2011 para mim, já posso falar no passado já que agora ele realmente acabou e uma forma de compensar o fato de eu ter escrito tão pouco, quando na verdade eu tinha muito a dizer. Sentimentos, pensamentos, momentos para compartilhar, 2011 foi muito importante e eu só tenho a agradecer por ele, mas vou avisando que essa retrospectiva pode levar alguns posts então preparem-se.

Primeiro, porque essa data perdeu o encanto para mim. Quando eu era adolescente passavamos esse dia num clube agrícola, no reduto da minha família paterna: Estrada da Ilha. Jantávamos e na virada comemorávamos, a parte entediante era o baile, eu detestava aquilo, porque como só tocava vanerão, eu corria o sério risco de ser tirada para dançar e eu morria de vergonha daquilo. Se fosse hoje em dia provavelmente tocaria funk, sertanejo universitário e sei lá mais o que para me assombrar. Mas bem, foi numa situação dessas que conheci meu primeiro namorado, eu disse conheci, só fomos nos reencontrar e namorar 8 meses depois.

Isso em si não tornava a data ruim até que num determinado ano, ao invés de fazer promessas fiz um único pedido, eu queria alguém na minha vida para amar. Não lembro exatamente as palavras que usei, mas o sentido foi esse. Alguns dias depois conheci uma pessoa na internet, trocamos mensagens, nos conhecemos e dois meses depois estávamos namorando. E tudo foi tão depressa, estávamos de repente fazendo planos de casamento e mil coisas e eu tinha certeza que meu pedido tinha sido atendido, até que numa madrugada, mais precisamente de 12 para 13 de junho uma mensagem chegou ao meu celular e dali para adiante não mais foi o mesmo.

Em resumo, fiz uma grande besteira, larguei o certo pelo duvidoso e mudei o rumo da minha vida e a forma como eu olharia para ela dali para frente. Recebi promessas de amor, de uma vida juntos e tudo mais e como vinham de alguém que me conhecia há muito tempo eu acreditei, porque nunca amei ninguém como havia o amado, mas ele me traiu, traiu minha confiança, meu amor, brincou comigo e com meus sentimentos e isso começou a se descortinar num reveillow, de 2008 para 2009. Mais de 3 horas no telefone e uma frase que jamais esqueci "Acho que a gente não tem como dar certo".

Depois disso, todo reveillow eu esqueço dos pedidos, das promessas e só lembro da dor. Ela tem ficado mais fraca, mas é difícil entrar no quarto escuro enquanto fogos ainda queimam no céu e sentir uma fisgada no peito. Foi como se eu tivesse deixado de acreditar na energia desse dia e o visse apenas como a virada no calendário e apesar disso, ao menos hoje, antes que o ano realmente acabasse eu pude parar, refletir e agradecer pelo grande ano que eu tive e ficou em mim o desejo de pegar esse ano novinho e começar de novo, deixando para trás essas lembranças tolas e dolorosas que um dia eu sei vão deixar de fazer parte da minha vida, até lá vou conviver com elas, mas na certeza de que serão combustível para eu me tornar cada dia mais forte. Sempre que elas me fizerem fraquejar e eu cair, irei levantar ainda mais rápido até que não me derrubem mais.

Bom, amanhã continuo. Um excelente ano a todos!


O buraco no peito

Há tempos que não escrevo, assim como há tempos não sentia o que senti: o buraco no meu peito abrindo! Enquanto escrevo e me recordo da dor ...