terça-feira, 31 de maio de 2022

Tem dias...

 Tem dias que ouvir música te olhando é bom, divertido, mas não sei porque hoje não está sendo. Está dando bobiça hoje. Rolou uma lágrima e bateu uma urgência de te abraçar, de me aconchegar, sei lá, uma solidão de repente. Eu sei que ela faz parte da minha vida permanentemente, mas há dias que é difícil controlá-la. E então fico sensível de um modo que não gosto de ficar, frágil, amuada, introspectiva. 

Tipo vivendo a saudade, com você presente, sim por que estou te vendo e parece que dói mais, porque continua inacessível, inalcançável e inviável. Só meu coração não quer saber disso, nem minha cabeça né, que não tira os olhos de você. E eu fico sentindo falta de algo que não tive, mas que de alguma forma eu sei que é bom, porque nos poucos contatos amigáveis soube que meu corpo gosta de estar perto do seu e acho que é isso que estou sentindo falta agora.

É tão urgente que até meu estômago está doendo outra vez. E desde quando eu não tenho fome, não sei de onde veio isso, mas também não estou preocupada em não comer, acho até bom por hora. A fome que tenho agora é outra, fome de carinho, de afago, triste saber que é uma fome que não será saciada. É tão físico e tão doloroso, que conter as lágrimas é difícil, mas deixe estar, vai passar, como sempre passa e daqui a pouco te olhar vai voltar a ser divertido...



quinta-feira, 26 de maio de 2022

Eu devia...

Eu devia estar trabalhando na minha dissertação, mas adivinha só, entre uma música e outra vem a lembrança de  você perturbar minha concentração  e meu sossego. Saudade que está esmagando o peito. Angustia por não saber de você está me matando. Eu tento me concentrar, pensar em outra coisa, mas sozinha, tentando ficar envolvida com meus estudos só piora, justamente porque estou sozinha, nesse ambiente que de alguma maneira é familiar à nós dois.

Lógico que no meio dos meus devaneios aparecem outras coisas, como me sentir extremamente sacaneada, de novo, não consigo vencer esse sentimento. E eu queria tanto ter podido falar sobre isso contigo. Tenho me perguntado o tempo todo qual a utilidade de me dar um adjetivo tão bonito e ele simplesmente não me servir para nada, aliás parece tornar tudo mais "caro". Que preço é esse que tenho que ficar pagando, que consideração eu devo ter diante dos pedidos não atendidos, enquanto para os outros o tratamento é diferente. Tudo bem, você daria razão aos meus opositores, mas seria bom falar com alguém que não decide, mas que acredito, entender que esse momento é importante para mim, além de um relativo investimento.

Estou amargurada de novo por causa disso, tinham que haver novidades para despertar esse sentimento nada amistoso dentro de mim outra vez. E aí quero saber de você e não tenho para quem perguntar porque não quero parecer chata. Enfim, fica eu e meus fantasmas.

Outra coisa que veio em minha mente agora a pouco foi: e se de repente você resolvesse me perguntar sobre sentimentos? Confesso que não sei como reagiria, acho que ficaria completamente fora do eixo, mas a verdade é que eu gostaria de simplesmente dizer tudo, talvez assim, diante da sua recusa eu de fato colocaria uma pedra sobre tudo isso. É que simplesmente parece que seria bom verbalizar, para depois enterrar, um tipo de libertação. Caramba eu queria muito aquele abraço que você me deu na garagem, agora. Muito mesmo. Mas qualquer coisa ainda vai levar um tempo.

Lembrando daquele dia e de outros encontros casuais confesso que essa era a graça de não nos vermos todo dia, haviam momento muito, mas muito especiais e que ficam num cantinho da memória para aplacar a saudade inoportuna. Só quero que você fique bem, eu, por hora não estou e não ficarei por um bom tempo, não só pelo que sinto em  relação a você, mas por causa da quantidade de sentimentos perturbados que estão dentro de mim e que me fazem querer gritar, eu sei não sei lidar com injustiça.

Bom, chega por hora, estarei com você em pensamento, mesmo que você não sinta minha presença...

terça-feira, 24 de maio de 2022

Apego

É tão fácil me apagar... não falei outro dia que eu tinha medo disso? De sentir o gostinho e daqui a pouco perder de novo? Adivinha só, estou passando por isso. É normal do ser humano se acostumar com o que é bom e eu me acostumei muito rápido com a tua presença, com poder te ver mesmo que não conversássemos.

Agora, sem saber, as pessoas precisa aturar meu mal humor, minha ausência de brilho, me sinto murcha, sem graça, mas com uma terrível vontade de comer, sim eu sei o que é isso: compulsão e estou tentando me controlar e não sair pedindo tudo que ver no ifood pra comer. É como se faltasse uma parte, eu não preciso ter nada de você diretamente, apenas sua presença.

Ao menos sei que tua ausência é por um motivo plausível, que apesar de me preocupar é necessário, mas é uma coisa estranha, porque eu vi os sinais e desconfiei que algo estava errado e realmente estava, mas não sou eu que estou contigo e como isso machuca, acho que nunca vai mudar esse sentimento, apenas quando você virar uma lembrança ou apenas um conhecido, mas enfim eu preciso querer, e já disse por enquanto não quero, apesar de tudo.

A parte triste é que de novo algo que idealizei não vai acontecer. Tem aqueles momentos que são importante para mim e que te queria ali, queria que você me visse mesmo que minha teoria de que você não me vê como mulher de fato continue presente, mas sei que nessas horas dava uma provocada e isso eram aqueles meu 5 minutinhos de prazer que mais uma vez não terei. E já é a segunda vez esse ano, o universo não está me ajudando.

Confesso e isso eu sabia que ia acontecer, era melhor quando te ver era sempre uma surpresa, te ter assim relativamente acessível torna a ausência e a "perda" mesmo que temporária muito mais difíceis de digerir, mas enfim, não é uma opção, terei que passar por isso de novo, e de novo e de novo...

Torcer para que você fique bem logo e que eu não fique mais doida e mal humorada do que já sou...


sexta-feira, 20 de maio de 2022

Há tempos...

Faz pouco mais de uma semana que você voltou ao meu convívio. E não tinha parado para escrever o quanto esse momento de reencontro e te ter por perto foram reconfortantes e deliciosos. Te encontrava esporadicamente desde o último ano, mas isso não era um evento, até o final do ano passado quando soube que sua condição havia mudado. Aquela notícia trouxe a tona todos os sentimentos que relatava há 3 anos quando você foi embora.

Então, quase na mesma data que você partiu 3 anos atrás (para ser exata 3 anos e 7 dias) você apareceu de repente e acabei por saber da novidade, como foi bom te abraçar e saber que depois de todos os sentimentos aflorarem outra vez, te ver seria constante e com vista privilegiada.

 Então essa semana tenho me sentido alegre demais por te ver, tenho ouvido música enquanto te observo, sorrio, brinco, conversamos um pouco semana passada e a alegria me contagia por algo tão simples, você estar por perto. Em compensação sofro quando o dia termina, quando não te vejo quando sai, quando chega o fim de semana e confesso que estou morrendo de medo de passar por tudo aquilo de novo caso você vá embora, tenho medo de me acostumar com você por perto e isso durar menos tempo do que eu gostaria ou precisaria.

Meus dias são tão melhores quando posso ficar te olhando. Me habituei a ouvir música, você e música combinam tão bem para me manter focada, concentrada e feliz. O problema é quando eu não tinha isso, eu também não tinha o que perder e quando te via era uma alegria, mas agora com a alegria constante o medo voltou a fazer parte dos meus dias, medo de viver toda aquela dor de novo. Eu sei nem devia estar sentindo o que estou, afinal já acabou uma vez, devia acabar de novo porque logo você vai voltar a namorar, se já não está, logo você irá embora outra vez e eu vou ficar como? Com o coração destruído de novo. O problema é que por hora os benefícios são maiores do que qualquer coisa e isso que só fico te olhando.

Alguma coisa mudou em relação ao meu sentimento por você. Antes era uma admiração, ou carinho, muito amor, fato, mas agora? Agora também tem desejo, e eu diria que essa é a novidade, apesar de ser uma pessoa que só fala, não age, antes mesmo de você voltar eu já falava que só queria uma oportunidade, só pra saber se o que sinto é real ou apenas imaginação. É tanto trauma e lembranças ruins na cabeça que eu queria ao menos uma vez ter uma lembrança boa de um momento assim, depois cada um podia ir para o seu lado e estaria tudo certo, mesmo alguns me dizendo que isso podia piorar tudo com relação ao que sinto, bom seria um risco.

Agora você está tão perto, mas continua inacessível, ao menos para mim, que como já me disseram não temos nada a ver um com o outro, só eu que sou doida e "insisto" nesse sentimento que já nasceu morto, sem a menor chance de vingar, sua mudança de status não facilitou isso nem um pouco para mim, o problema é que sinto cada vez mais necessidade do teu toque, do teu calor, é como se recarregasse  minha energia, e sim, eu queria isso agora. Eu queria que você chegasse aqui para conversar, para saber da minha vida, só para eu poder te olhar nos olhos e me perder, na esperança que você entendesse o que acontecesse dentro de mim.

O fato é, continuo apaixonada por você! Mas plenamente consciente que é um sentimento só meu e que ele não é forte o suficiente para vencer barreiras, te conquistar e fazer isso dar certo....

O buraco no peito

Há tempos que não escrevo, assim como há tempos não sentia o que senti: o buraco no meu peito abrindo! Enquanto escrevo e me recordo da dor ...