segunda-feira, 7 de agosto de 2017

De repente 16...

Quando você encontra o que não estava procurando? Quando tudo que era líquido e certo cai por terra? E quando você descobre que dentro de um ser forte e bem resolvido existe alguém frágil escondido? Foi com essas perguntas que fiquei divagando esta manhã, amparada no comentário de um amigo, sim amigo, no masculino, que novidade hein, que me disse: Te começo a 6 anos e nunca te vi assim! Isso me colocou para pensar e talvez tenha me trazido mais dúvidas: agora estou sendo realmente eu ou eu regredi?

Meu amigo tinha razão com a sua colocação, no tempo que nos conhecemos ninguém me tirou do eixo como agora e me pegou tão de surpresa que simplesmente não sei como lidar com isso porque tem tempo demais que não vivo algo parecido. Ele reconheceu que sempre fui determinada no que queria, no que definia como ideal para minha vida , mas eu mesma não contava com o fato de ser surpreendida, não contava que no meu caminho aquela pessoa que me tirou do sério, me chateou e que quis ver pelas costas de repente faz meu olho brilhar e meu coração bater.

Foi uma semana reveladora. Há uma semana meu coração ficou descompassado, uma dúvida, uma angústia começaram a tomar conta de mim e eu não conseguia decifrar o motivo: alguma coisa dentro de mim havia mudado e eu nem tinha me dado conta disso. Entrei em negação, era inconcebível sentir o que estava sentindo, só que já era tarde demais, a brincadeira ficou séria, existe um sentimento dentro de mim que não sei que nome dar, mas ele existe e cresce e povoou minha mente com pensamentos e desejos que não fazem parte de mim já tem um tempo.

A seriedade e dimensão do sentimento eu só constatei no momento que me dei conta que na sua presença me sinto em paz. Só tenho necessidade de ficar perto, de ver seu sorriso e o desejo incontrolável de não o decepcionar. Sua presença me conforta e me instiga a ser melhor, a controlar meus nervos, a ser ponderada, flexível e agradável. Não teu um desejo incontrolável ou sentimentos despertados por paixões, é simples, puro, singelo e acho que isso fecha com o fato de ter ouvido que meu olhar para ele é diferente: é um olhar de admiração. Pode-se dizer que esse é um dos sentimentos que tenho por ele e isso não faria mal a ninguém, o problema é o resto, com o qual não sei o que fazer.

Me sinto com 16 anos outra vez, cheia de dúvidas, inseguranças, medo e apesar de tudo isso sua presença é o suficiente para me arrancar um sorriso, acalmar meu coração e me fazer sentir bem. É um sentimento inapropriado, inoportuno e sem futuro. Assim como ao longo da minha vida encontrei a pessoa certa no momento errado, sempre chego tarde, encontro a pessoa em outra vibe que não a minha e acabo por não saber se algum dia seria capaz de estar na minha. O que posso fazer, essa é a minha cina: não ser correspondida ou não corresponder.

Enfim, só o tempo para tirar isso de mim, pois não há perspectivas nem esperanças, não há o que sonhar, esperar ou desejar, pois esse caso já está fadado ao insucesso e esse sentimento, seja ele quem for, terá que ir embora da mesma forma como chegou.



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