quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Mil pedaços

Eu não penso em você, ao menos não da forma que eu pensava há anos atrás tem muito tempo, mas por algum motivo, essa semana pequenos sinais te colocaram de volta na minha lembrança, de um jeito péssimo, doloroso e que deixou aquele buraco e aquele vazio aqui dentro outra vez.

Está difícil me concentrar e parar de chorar, por isso escrevo para ver se transferindo esse sentimentos para a tela, ele me deixa. Estou tentando acreditar que é só hormônios, mas desisti desse pensamento, porque cada segundo pensamento volta para as palavras antigas que li hoje.

Eu não tinha qualquer pretensão de me lembrar de você ou pensar em você, mas aquelas palavras doces e até onde sei sinceras de 14 anos atrás não saem da minha cabeça, e pior colocaram um pingo de certeza na minha descrença de que tudo tinha sido apenas uma vingança, que você não queria ficar comigo, mas aquele e-mail agora, talvez até mais do que naquela época me pareceu tão verdadeiro, porque mesmo depois de tanto tempo vi teu jeito costumeiro de escrever e doeu tanto, porque eu nem sabia que aquele e-mail ainda existia.

Eu sei, faz muito tempo, e eu não devia me sentir assim, talvez me pegou num momento ruim, de fragilidade, ou talvez eu não tivesse dimensão de que realmente fui amada algum dia assim, porque na prática eu sabia que não eram só palavras, eu que me convenci do contrário, mas também doeu constatar que você sabia que eu te amava e sim eu amava muito, sim no passado e o passado não volta, nem quero que volte, assim como não queria que doesse tanto.

Mas eu sei que amanhã será outro dia, e isso tudo vai voltar para o passado de onde não devia ter saído. Você vai continuar com sua vida sem ter o menor conhecimento de que passei por isso e sem lembrar das promessas que me fez nesse e-mail. O triste é que num cantinho do meu coração boa parte do que você disse sobre o que eu sentia em relação a você ainda é verdadeiro, apesar do amor você nunca deixou de ser especial, porque o que vivemos nunca vai deixar de existir, bom ou ruim, definiu um pouco quem sou.

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