quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Desalento...

Desalento, melancolia, isolamento é assim que tem se resumido os sentimentos dentro dos meus dias, que às vezes começam melhores, outras nem tanto, mas aí terminam bem. O problema é que eles acabam e com ele vem uma chuva de sentimentos, entre eles o predominante é o medo. O medo de ser descoberta, de falar ou fazer bobagem, de permitir que minha guerra interior transpareça.
Há tanta confusão dentro de mim. A delícia de estar perto com a tristeza de saber que aquele momento é o máximo que posso ter. Me contentar com um sorriso, com conversas pontuais, quando há tanto desejo de oferecer carinho dentro de mim, de me permitir, de deixar transbordar. Não, eu não posso, e não devo. Não está disponível nem ao meu alcance. E eu preciso me colocar no meu lugar. 

Não, eu ainda não tenho nome para isso. Não, ainda não passou, pelo contrário, continua aumentando e ao mesmo tempo que esse sentimento me aquece e me faz companhia, também me maltrata e me deprime. Sinto saudades o tempo inteiro, penso o tempo inteiro e tenho medo o tempo inteiro. É uma luta diária para me manter firme, centrada, objetiva, controlando gestos, olhares, sufocando suspiros, sufocando o desejo de ficar perto por mais tempo, para contemplar seu sorriso, para decorar cada traço do seu rosto, desejando um simples toque, mesmo que involuntário. Seu sorriso em particular me desconserta.

E assim eu vou seguindo, um dia de cada vez, tentando me manter equilibrada, mesmo que por dentro esteja em pedaços. Tentando manter a cabeça erguida e uma expressão neutra enquanto por dentro estou em prantos. Ninguém pode fazer nada por mim afinal, apenas eu mesma e a única coisa que tenho e devo fazer é esquecer é não deixar que isso se torne o centro da minha vida, apesar de já ter virado. Não posso, não quero e não devo precisar, acima de tudo este deve ser o meu lema, meu mantra, pois não devo esquecer que já entrei nesse jogo em desvantagem, já entrei sabendo o resultado da partida.

Nenhum comentário:

O buraco no peito

Há tempos que não escrevo, assim como há tempos não sentia o que senti: o buraco no meu peito abrindo! Enquanto escrevo e me recordo da dor ...