Minhas últimas semanas tem sido fora do comum, corridas, estressantes, nervosas, mais do que costumam ser e não sei porque depois de muito, mas muito tempo sem escrever senti necessidade. O Coração em Quadra que sempre foi meu xodó está a quase um mês fora do ar e os técnicos simplesmente não atendem meus apelos de ajuda e isso me deixou meio amargurada, pois ocorreu bem no dia em que tinha decido postar um texto lá, mas bem, acabou que sairei um pouco do cunho esportivo e falarei de mim.
Aqui é onde eu deveria registrar minhas memórias, minhas alegrias, minhas dúvidas, ser meu refúgio e algo para me lembrar de momentos que não voltarão mais. Entretanto sempre ficou em segundo plano quando o assunto era basquete. Para o basquete eu sempre tinha palavras, para mim, raramente, porque minha vida estava refletida nele e bem, agora estou sendo forçada a viver sem esse pedaço tão importante que é o basquete na minha vida e até que acho que estou me virando bem, até que me deparo com alguma notícia que me incomoda, com uma foto e acabo caindo em nostalgia.
Os caminhos me levaram de volta a Jaraguá do Sul e isso me trouxe algo que me desequilibrou por um breve momento, mas também aqueceu meu coração, pois foi essa cidade e não a minha natal que viu crescer um dos maiores amores que já tive na vida: o basquete e andar por aquelas ruas, trouxe para mim tudo que eu tinha de mais valioso, sábio e genuíno, e que agora paira entre o irreal e a lembrança.
Porém, como quando o basquete entrou na minha vida, para me tirar da escuridão e da tristeza, assim Deus colocou objetivos e situações para ocupar minha cabeça. De repente me vi dedicada ao trabalho, ou melhor, comprometida com o trabalho de uma forma que eu não esperava. O trabalho acabou por me colocar em situações que efetivamente eu não imaginaria ser possível e talvez a maior delas até o momento foi essa semana, quando meu chefe maior, a quem nunca havia me reportado em situações de trabalho, resolve me mandar numa viagem.
Bom, o que haveria de mais, tantas pessoas que trabalham em grandes empresas, ou são grandes executivos, coisas assim estão acostumados com isso, mas bem, eu não estou, porque sempre fui apenas a Contadora e nas horas apropriadas também a Coordenadora Contábil. Mas tudo bem, a última semana deixou muitas coisas claras em relação a isso e que com certeza não serei mais tão ingenua para deixar me consumir.
A viagem em si fora uma grande oportunidade, mas para alcançá-la eu precisava enfrentar um medo: o de voar. Somando ida e volta deve ter dado cerca de 5 horas de voo e para uma pessoa que cinco minutos já eram tempo suficiente dentro de uma cilindro de metal, 5 horas eram uma tortura. Mas bem, levando em consideração que estou aqui para falar sobre o assunto significa que retornei, viva ao menos, saudável eu já não sei.
Um espaço aonde compartilho momentos, lembranças, sentimentos que me acompanharam ao longo dos anos. Um lugar para deixar sentimentos transbordarem e para me permitir olhar para trás e recordar.
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
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