quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Gelo

Faz uma semana que te vi a última vez, te abracei com força, estivera muito preocupada com sua segurança no dia anterior, conversamos, você parecia bem e eu me senti em paz e feliz. Aí no dia seguinte, no meio dos meus estudos bateu uma insegurança, uma incerteza e fiquei inconsolável, como pretexto de pedir ajuda acabei desenrolando minha angustia, sem saber que quem precisava de atenção era você.

Ah como fiquei magoada quando entendi porque meus planos tinham fracassado e de lá pra cá tudo é diferente, frio, solitário. Toda a brincadeira que girou em torno de uma situação distinta caiu por terra e vi que de novo só me iludia, criando teorias que de fato nunca vão se confirmar. Não há interesse e eu confesso que mesmo sabendo de todos os obstáculos eu queria que houvesse, para que eu pudesse viver isso pelo menos uma vez, mas não haverá vez nenhuma.

Me sinto tão sozinha, desamparada e triste, por menor que fossem os contatos, já parecia um mundo inteiro. E fica a angustia de não saber de você, mas depois do gelo, melhor me recolher a minha insignificância não é mesmo?

Enfim, o fato é que o restinho da minha jornada desafiadora será solitária, ficarei reclusa e em silêncio, buscando trabalhar as coisas da melhor maneira possível mas sem pedir sua ajuda, preciso aprender a não ter você por perto, afinal eu sabia que um dia isso ia acontecer, só estou antecipando um pouco. Talvez a longo prazo o ganho seja substancial, até lá será difícil desconectar as lágrimas e a aflição vez ou outra, mas vai passar, como tudo sempre passa...

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