Estou me sentindo tão sozinha hoje, sem ninguém para poder falar de você e do quanto a saudade me consome. Te abracei rapidinho e agora parece que falta uma parte minha. Realmente esses últimos dias estão acabando comigo, nem lembrava como eu era sensível, chorona e entregue a um sentimento que nem deveria estar aqui.
Mas esse sentimento é meu afinal, está sempre aqui para me fazer companhia ou perturbar, nem sei ao certo, me alegra quando te vejo e me abate quando você parte ou está distante. Como é possível eu te amar tanto? Aonde me perdi nesse caminho que não percebi que meus sentimentos tinham fugido do controle e que você tinha me dominado por inteiro? Como posso te amar tanto se não tenho nem o direito ou a possibilidade de viver esse amor?
Por que estou perguntando isso se sei muito bem a resposta: eu não nasci para viver os amores, apenas para senti-los, como se fosse minha droga, minha motivação para ser melhor e para desviar um pouco os pensamentos daquilo que realmente é a minha vida. Talvez eu precise amar, para perceber que ainda estou viva, que ainda tenho um coração, mas faz muito que não amo assim, como estou amando você. Já tive amores complexos, mas esse com certeza bateu todos os recordes.
Por um lado parece libertador finalmente saber o que eu sinto, saber que não tenho uma pedra no lugar do coração, que ainda sei amar, abnegadamente que é mais difícil inclusive, apesar de que todos os meus amores foram assim, né, mas enfim, por outro lado, é tão doloroso saber que você é tão perfeito, tão lindo, absurdamente inteligente que te deixa ainda mais lindo, mas não pode ser meu...
Coração está super apertado e eu fico aqui querendo procurar um motivo para falar contigo, para te procurar só para te ver mais um pouquinho porque parece que nada faz essa saudade cessar. Fico até preocupada porque parece que tem horas que tenho que dar razão ao meu amigo e confidente: talvez eu considere falar... mas bem, apesar de tentador, eu não suportaria sua cara de decepção e seu distanciamento. Então tenho que manter minha cabeça em seu devido lugar, por mais difícil que isso seja e sim, hoje está bem difícil. Queria sair gritando que te amo, tipo, bem inapropriado e você me odiaria, fazer o que se às vezes parece que vivo numa comédia romântica aonde os personagens são toscos, só que no meu caso, nunca tem final feliz...
Quer sintoma maior do tamanho do sentimento que eu estar escrevendo compulsivamente? Sabe quando foi a última vez que isso aconteceu? Quando me apaixonei pelo basquete, pois é, isso mesmo, nem na primeira etapa desse sentimento escrevi tanto quanto agora, mas diferente do basquete ninguém está lendo, muito menos você... mas não tem problema, acho que estou fazendo de conta que estou conversando contigo, só que sem resposta!
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